Uma característica da retórica da dominação é sublimar ou ocultar, através do discurso, as intenções torpes da dominação; assim, quando se dá um golpe como o que se deu em Honduras, o que se faz é defender o golpe em nome da democracia a qual se nega, é, de alguma maneira, esconder os interesses de classe em nome de valores que se pretendem universais, como a democracia.
Assim foi hoje o discurso de Obama ao receber o Nobel da paz; o auge do cinismo discursivo foi a defesa da guerra na cerimonia de entrega do Nobel da Paz! Será que estamos loucos que não proclamamos aos quatro ventos o completo absurdo que é alguém receber o Nobel da paz defendendo a guerra ? Que espécie de novilíngua é essa ? Na verdade não é uma novilíngua, é a velha retórica dos imperialistas de plantão, que defendem seus massacres, suas guerras, com as mais belas das argumentações pragmáticas, defendendo seus interesses comerciais sórdidos em nome de uma pretensa justiça, em nome de valores que se pretendem 'humanos' nessa retórica da mentira permanente.
É que o discurso legitima, de alguma maneira, a ação. Não o discurso realista, mas o discurso mentiroso dilui a realidade através de um véu de palavras e silêncio que faz com que as pessoas não percebam mais o que é real. Foi-se o tempo em que as guerras eram no mínimo mais justas somente pelo fato de que os inimigos se encontravam no mesmo patamar tecnológico, de possuírem o mesmo tipo de armas (flechas ou similares), o que não é o caso de hoje, quando nações como Israel possuem armas atômicas e o outro lado, como a Palestina, possui mísseis caseiros que eles nem conseguem controlar.
O cinismo sempre foi uma característica da política burguesa desde o seu início; que o diga Maquiavel, tão seguro de si porque lutava pela implantação da República; mas o que se vê hoje é a subversão total da palavra; não se assume o que se faz e o discurso procura não só legitimar como cooptar as mentes e corações das pessoas para os gestos desprezíveis.
nunca me iludi com Obama; sempre mantive minha lucidez e frieza para saber que ele iria continuar com as ambições imperialistas do nosso irmão maior do Norte; mas de certa maneira esperava menos cinismo, que ele não subvertesse tão rapidamente seu próprio discurso progressista, que ele não renegasse tão rapidamente seu discurso de esperança. Mas hoje, vendo sua defesa da guerra na cerimônia da paz, vi que ele selou seu destino jogando a última pá de cal sobre suas máscaras progressistas.
Hoje, ele matou a paz.
Assim foi hoje o discurso de Obama ao receber o Nobel da paz; o auge do cinismo discursivo foi a defesa da guerra na cerimonia de entrega do Nobel da Paz! Será que estamos loucos que não proclamamos aos quatro ventos o completo absurdo que é alguém receber o Nobel da paz defendendo a guerra ? Que espécie de novilíngua é essa ? Na verdade não é uma novilíngua, é a velha retórica dos imperialistas de plantão, que defendem seus massacres, suas guerras, com as mais belas das argumentações pragmáticas, defendendo seus interesses comerciais sórdidos em nome de uma pretensa justiça, em nome de valores que se pretendem 'humanos' nessa retórica da mentira permanente.
É que o discurso legitima, de alguma maneira, a ação. Não o discurso realista, mas o discurso mentiroso dilui a realidade através de um véu de palavras e silêncio que faz com que as pessoas não percebam mais o que é real. Foi-se o tempo em que as guerras eram no mínimo mais justas somente pelo fato de que os inimigos se encontravam no mesmo patamar tecnológico, de possuírem o mesmo tipo de armas (flechas ou similares), o que não é o caso de hoje, quando nações como Israel possuem armas atômicas e o outro lado, como a Palestina, possui mísseis caseiros que eles nem conseguem controlar.
O cinismo sempre foi uma característica da política burguesa desde o seu início; que o diga Maquiavel, tão seguro de si porque lutava pela implantação da República; mas o que se vê hoje é a subversão total da palavra; não se assume o que se faz e o discurso procura não só legitimar como cooptar as mentes e corações das pessoas para os gestos desprezíveis.
nunca me iludi com Obama; sempre mantive minha lucidez e frieza para saber que ele iria continuar com as ambições imperialistas do nosso irmão maior do Norte; mas de certa maneira esperava menos cinismo, que ele não subvertesse tão rapidamente seu próprio discurso progressista, que ele não renegasse tão rapidamente seu discurso de esperança. Mas hoje, vendo sua defesa da guerra na cerimônia da paz, vi que ele selou seu destino jogando a última pá de cal sobre suas máscaras progressistas.
Hoje, ele matou a paz.