01 setembro 2007

Poema do AntiCapitalismo Visceral

Quero preservar meu sangue vermelho
das maquinações verdes dos banqueiros
quero salvar minha pele
do ócio gorduroso
do dinheiro

quero lavar meus olhos, tirar
o véu nefasto da usura
afastar de minha porta

o cancro terminal
das bolsas de valores
explodir em dinamites finas
a pura idolatria
dos servos de Mamon
queimar, com a virulência da palavra
a cal amarga
do dinheiro
vomitar em raios de luz
a servidão voluntária
ao trono financeiro
audaciosamente desprezar
o tilintar vazio
do ouro
rasgar tratados
enforcar
os deuses santos do capitalismo

quero bem mais
que horizontes subterrâneos

sim
à alegria vertical do sol
ao coração secreto do mundo
aos olhos meigos do albatroz
aos espaços
ao silêncio
ao não de uma noite de deuses

Somos todos deuses
no umbral do inaudito
somos todos puro devir

não nos seja mais que a vida

seguir.

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