Não contem os mortos
os olhos deles já cheiram a infinito
os abutres da cidade comemoram
o transe do terror
não temos mais paciência com o cinismo
aquelas vozes de números, não ouço mais
a morte é una, bloco de metal
não contem os mortos
eles se contarão sozinhos em mil e uma vozes
em compasso de sonho seus gritos ganham asas
não contem os mortos
eles foram apagados como os círios de uma menorah.
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